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Notícia > Saúde

  • 05.11.2024 - 07:42

    Um pardieiro em Campina que se chama Hospital de Trauma - Por Marcos Marinho


    O jornalista e ex-Vereador Marcos Marinho diz ter “uma espécie de ‘filiação’ afetiva pelo Hospital de Trauma de Campina Grande”, mas nem por isso está desobrigado de apontar as lastimáveis falhas hoje existentes no nosocômio estadual.

    Segue o artigo-bomba de Marinho:

    “Tenho uma espécie de ‘filiação’ afetiva pelo Hospital de Trauma de Campina Grande, ao qual o Governo do Estado, atendendo proposição legislativa, deu-lhe honrosamente o nome de um humanista – Dom Luiz Gonzaga Fernandes, saudoso Bispo das nossas foranias.

    Idealizado por Cássio Cunha Lima, o Trauma já nasceu gigante, honrando as grandezas do bem servir de Campina para ser aberto a todas as cidades do Estado.

    O filho de Ronaldo não pode construi-lo em sua inteireza. Perdera o mandato por decisão judicial, mas seu sucessor, José Maranhão, não contou conversa e abraçou o projeto como se dele fosse, determinou algumas alterações para melhor na planta geral e parcialmente o inaugurou dois anos depois, restando a Ricardo Coutinho, que o sucedeu, complementar o serviço.

    Eu visitei com Maranhão as obras em construção do Trauma por, pelo menos, quatro oportunidades, três delas somente eu, ele, o motorista, seu sobrinho Mirabeux Maranhão e o ajudante de ordens.

    Maranhão tinha um estilo muito pessoal de administrar e gostava de dar “incertas”, visitando obras sem comunicar à imprensa e nem mesmo a auxiliares graduados, oportunidade em que fiscalizava com rigor a execução dos serviços, cobrando agilidade e demais providencias que apenas o seu olho de bom governante conseguia enxergar.

    Certamente também por isso, o hospital veio a ser entregue ao público como modelo e joia rara da medicina estadual.

    SOBRE RESPONSABILIDADE E VIGILÂNCIA

    Mas não é de reminiscências que quero cuidar nesse artigo. Quero cuidar de responsabilidade, zelo pelo bem público e vigilância permanente para com o que pertence à Rainha da Borborema.

    O hospital Dom Luiz Gonzaga Fernandes, onde foram gastos milhões de reais do bolso do sofrido contribuinte paraibano e para onde a cada mês são destinados vultosos recursos, virou pardieiro, lamentavelmente.

    No sentido exato da palavra, o que hoje lá se vê é um local com pouca ou nenhuma higiene e cheia de “servidores” (prestadores de serviço por indicações políticas) sem a devida qualificação, fadado assim a entristecer – e fazer sofrer – todos aqueles, daqui ou de alhures, que por infortúnio da vida aportam por lá para se acudirem.

    Dona Márcia recebendo primeiros socorros do SAMU

    Sexta feira, por volta das quatro da tarde, uma viatura do SAMU socorrendo a minha esposa que acabara de sofrer um acidente doméstico a conduziu para o Trauma, em face da emergência do caso, constatada que foi uma fratura exposta da perna direita, após ela cair de uma escada quando afixava uma cortina em nosso quarto.

    E é aqui que inicio essa lastimável história – espécie de calvário – para que chegue aos atentos ouvidos de Sua Excelência o Senhor João Azevedo Lins, nosso ilustre e operoso governante, que não deve continuar a ser enganado em relação a esse equipamento cujo mister fundamental é o de salvar vidas e não destruir ou humilhá-las.

    PROTAGONISTA DE UM DRAMA CRUEL

    Enquanto jornalista há mais de cinco décadas, sempre evitei ser notícia e continuo pautando meu labor pelo cuidado de ofertar ao leitor, ouvinte ou telespectador, fatos documentados do que o meu ‘faro”, em solene e cotidiana prestação de serviços comunitário, faz chegar àqueles que aceitam e atestam a minha credibilidade profissional.

    Mas a miserabilidade do assunto – que nesse caso específico a gente pode qualificar de desastre – me leva a ser partícipe da inglória pauta, daí a necessidade de que eu, daqui para a frente, esteja como protagonista e não apenas simples repórter narrador de cenas prá lá de cruéis e desumanas que espero venham a ser alteradas imediatamente pelo nosso honrado governador.

    Vamos lá!

    Dona Márcia já no Antonio Targino

    Era final da tarde de sexta feira, 25 de outubro, e Dona Márcia, a amorosa genitora de cinco dos meus nove rebentos, cuidava da instalação de uma nova cortina em nosso quarto de dormir quando a pequena escada de alumínio em que subira para executar o serviço desconjuntou-se, levando-a ao solo abruptamente.

    Para sorte dela, uma vez que eu não estava em casa pois atendia ainda a agendas da eleição, minha filha Petra e o marido Diego, que residem em João Pessoa, tinham acabado de chegar na cidade para no domingo exercerem o direito do voto, quando os gritos de dor ecoaram lá do quarto e os dois se depararam com a vítima jogada ao chão se esvaindo em sangue e parte do osso da quebrada tíbia exposta.

    O chamado do SAMU foi imediato e o socorro não tardou a chegar. Avisado pelo ZAP, cheguei a tempo de ajudá-la a entrar na ambulância e ouvir as orientações da equipe socorrista informando que a levariam para o Trauma, por ser esse o protocolo recomendado para casos assim como o dela, de fratura exposta.

    Ela ainda alegou que preferia o Antonio Targino, pois tinha plano de saúde da UNIMED e o hospital era bem mais perto que o Trauma, mas a equipe do SAMU seguiu mesmo para o Dom Luiz onde ela foi recebida já na área Vermelha, isto antes das cinco da tarde, quando o seu calvário, comum a todos os infelizes que lá são levados, começou.

    Da maca não a tiraram e logo a botaram numa fila em um corredor onde já gemiam de dor mais de cinco acidentados. Por volta das nove da noite chegaram a fazer uma ligeira assepsia do ferimento e a mantiveram na fila de macas, que a cada minuto aumentava de tamanho.

    Consolaram-na de que iria ser operada imediatamente. E foi aí que eu, nos meus bem vividos 71 anos de vida, pude aprender que a palavra IMEDIATAMENTE – pelo menos lá no Trauma – tem significado literalmente diferente daquele que eu aprendi nas aulas do Mestre Anézio Leão…

    Ufa!

    Deixei as filhas dela como acompanhantes e corri ao Hospital Antonio Targino para ver se tinha vaga e transferi-la para lá. O chefe da ortopedia que gentilmente me atendeu pediu foto da radiografia e lá do Trauma uma filha me enviou pelo ZAP.

    O profissional me aconselhou a deixa-la lá para a primeira cirurgia, uma vez que o cirurgião estava em casa em sobreaviso e demoraria – ele assim imaginou – mais do que lá no Trauma, onde – também imaginou – médicos permaneceriam em plantão as 24 horas de todo dia.

    Avisou-me que o sábado seria o seu plantão no Targino e que estaria à nossa disposição logo cedo da manhã; que eu o procurasse para que fosse feita a “regulação” da transferência entre os hospitais, exigência legal.

    Regressando ao Trauma já perto das onze da noite, percebi que o drama havia aumentado. Dona Márcia sumiu e não estava mais na gigante fila das macas. Ingenuamente, e até para acalmar a minha filha que aos gritos e desesperada procurava saber aonde estava a mãe, imaginei que a tivessem levado para o bloco cirúrgico e estariam realizando o procedimento da operação.

    DETALHE 01: na fila das macas acompanhante não pode ficar ao lado do paciente. Fica na recepção e qualquer intercorrência – informam por lá – é comunicada pela desqualificada equipe de portaria, pessoal finamente adepto do permanente uso de celular.

    DETALHE 02: Minha esposa é hipertensa e quando está em ambiente hospitalar, sobretudo quando vê sangue, a pressão arterial sobe aos píncaros. E lá na horrível fila das macas chegaram a emparedar a maca de um jovem com a cabeça sangrando com a maca dela, para maior desespero seu. Ela contou que foi preciso gritar para que a tirassem daquele lugar.

    Felizmente foi atendida, mas a empurraram para dentro de uma UTI, o que imagino isso não seja recomendado por nenhum protocolo médico da vida.

    E somente nessa hora que a minha filha veio saber que a mãe estava isolada numa Unidade de Terapia Intensiva, sem maiores nem melhores explicações, para aumentar ainda mais o seu desespero.

    Tempo correndo, hospital se avolumando dos acidentados do final da semana especifico por conta da acirrada campanha eleitoral e das agressões ocorridas no Aluízio Campos, que entupiram o nosocômio de policiais e agredidos, mais familiares naturalmente estressados, finalmente decidiram operar minha esposa – penso eu que por conta da minha pressão pessoal lá dentro – às três horas da manhã.

    Permaneci à beira da porta do bloco cirúrgico até quatro e meia já clareando o novo dia, quando então ela foi liberada para ir ao bloco de imagens e bater novas radiografias, para só então ser levada a uma das enfermarias, minúsculo cubículo dominado pela fedentina de um banheiro mal lavado e onde já estavam duas pacientes com duas acompanhantes.

    Coube ao maqueiro veloz – parecia estar transportando animal – fazer a mais incrível operação do Trauma naquela manhã de sábado: “manobrar” a maca onde estava Dona Márcia entre os dois leitos da suja enfermaria, ficando a minha esposa apenas 20 centímetros de distância, em cada lado, de cada uma das suas igualmente doloridas companheiras de infortúnio, uma de São João do Cariri, outra de Santo André.

    DETALHE 03: O hospital informou que não tinha lençol suficiente para trocar o forro do plástico quente da enferrujada e velha maca onde estava Dona Márcia e que já percorrera quase todos os recantos do Trauma, capturando com certeza bactérias e germes por onde trafegara, contribuindo assim exponencialmente para aumentar o índice de infecção hospitalar no ambiente.

    DETALHE 04: No tempo em que a deixaram no interior da UTI, deu para Dona Márcia ouvir horrores! Ouviu, por exemplo, “divertidas” conversas entre médicos, enfermeiras e estagiários, como se lá fosse uma área de lazer. Das que ela me contou, uma é simplesmente tenebrosa, além de plenamente desumana: um médico fora alertado para alguma intercorrência que estava acontecendo com um velhinho lá internado e ele às gargalhadas chateado com o aviso simplesmente disse para a interlocutora que não se preocupasse mais com aquilo, porque “esse aí daqui a pouco vai subir com tripa e tudo”.

    Eu sei que estou cansando o leitor, mas como o caso é grave, tenho que ir às minudências.

    Quado pensei que o pior já havia passado, o sábado veio me provar o contrário.

    Às oito horas cheguei ao Targino e o Chefe da Ortopedia, como me prometera, gentilmente me atendeu. Explicou tecnicamente quais procedimentos Dona Márcia teria que se submeter e a auxiliar providenciou a regulação, garantindo o leito no hospital.

    Voltei alegre ao Trauma, na certeza de que em menos de meia hora a tiraria de lá. O Targino estava no momento sem ambulância e a auxiliar do médico me disse que eu poderia conseguir uma no próprio Trauma ou pedir na UNIMED, que dispõe também desse serviço.

    Avisei na enfermaria que Dona Márcia seria transferida e logo um incapaz enfermeiro, com cara de poucos amigos, disse que eu tinha que assinar um termo, antes de tudo. Concordei, sem problemas, até quando abusadamente ele me disse que era um TERMO DE EVASÃO, porque eu iria tirar a paciente sem ela ter alta e sem justificativa legal.

    Informei a ele que tudo era mais do que legal, pois houve a regulação entre o Targino e o Trauma e que ele poderia verificar a veracidade com o setor responsável, o NIR (Núcleo de Regulação de Internação). Ríspido, disse que não era obrigação dele! Falei sobre a possibilidade de me conseguir a ambulância. Com cara de dono do pedaço, foi incisivo: “Isso é problema do senhor, né do Trauma não”. E gozou com a minha cara: “Oxe, e o senhor não tem UNIMED, se vire com eles”.

    Nosso plano é corporativo, da UNIMED João Pessoa, tem abrangência nacional e eu nunca tive nenhum tipo de problema. Como meu celular tinha descarregado, pedi a gentileza dele fazer a ligação para que eu pedisse a ambulância. Mesma resposta: “não é problema meu e daqui a gente não pode fazer ligação nenhuma”. Ainda fui cordato e disse a ele que apenas estava pedindo uma GENTILEZA. Mas…

    Imaginei que o setor de Assistência Social pudesse me ajudar e fui lá. A “doutora” com cara de sono mostrando preguiça e má vontade, disse que eu tinha que resolve essas coisas com o NIR e nem quiseram ouvir a minha informação de que a Regulação já estava devidamente feita.

    Pedi para minha filha ligar para a UNIMED, que a atendeu prontamente e disse que a ambulância estava disponível bastando apenas o setor de enfermagem pedir para a enfermeira chefe ou o médico plantonista informar para o 0800 (nos deram o número) os sinais vitais da paciente (pressão arterial e etc.) que em trinta minutos o veículo chegaria ao Trauma.

    Voltei ao enfermeiro chato, propus fazer a ligação com o celular da minha filha e ele negou-se a nos atender, mandando que a gente fosse procurar a assistente social.

    O meu ir e vir no hospital já despertava a atenção de outras pessoas e obviamente isso me constrangia e eu já estava envergonhado. Mas voltei à sala da Assistência Social, que dessa vez sequer quis me ouvir, o que é mínima obrigação dela. Que eu fosse resolver no NIR!!! Mas ainda tive a paciência de explicar a ela, pausadamente, que estava apenas querendo que alguém do hospital, identificado, passasse à UNIMED os sinais vitais da minha esposa para que a ambulância pudesse ser liberada. Simples assim!

    Para fechar esse lado da história: Ante a má vontade explícita e repetitiva de todos os setores do Trauma, inviabilizando inclusive o bom atendimento da UNIMED que não pode mandar sua ambulância, somente consegui transferir Dona Márcia para o Targino depois das quatro horas da tarde do sábado dia 26, quando o meu particular amigo Carlos Dunga Junior, secretário de Saúde do Município, disponibilizou-me uma ambulância do Saúde de Verdade para o traslado. Lá ela foi cirurgiada pela segunda vez, teve atendimento sem falhas e já recebeu alta para restabelecimento domiciliar.

    RESUMO DE OUTRAS OBSERVAÇÕES:

    Não sou especializado em administração hospitalar, mas o que acontece no Trauma me permite avaliar que é exatamente falta de gestão.

    Para ser secretário de saúde e mesmo diretor de hospital, não precisa o cara ser necessariamente formado em Medicina. Mas deve ter obrigatoriamente noções mínimas de administração.

    Por que além da atividade fim, um hospital cuida da HOTELARIA, da LAVANDERIA, da SEGURANÇA INTERNA, da COZINHA, da ENFERMARIA, da MANUTENÇÃO do prédio e equipamentos, da ASSISTENCIA SOCIAL etc., além de ter que dispor de uma OUVIDORIA isenta e pontual, receptiva aos reclames da sociedade.

    Quando acionei meu amigo João da Paz, que presta assessoria de imprensa ao diretor do hospital e nos ajudou dentro das suas limitadas possibilidades, ele sugeriu que eu levasse todas essas observações (reclamações, melhor dizer) ao OUVIDOR, o que estarei fazendo, conforme lhe disse, através desse artigo, que irei ainda hoje protocolar na recepção do Trauma para que o mesmo possa fazer os devidos encaminhamentos, se assim achar conveniente.

    Na última vez que fui ao Trauma, três ou quatro anos atrás, acho que ainda na gestão de Geraldo Medeiros, o hospital era outro, humanizado e não um “matadouro”.

    Continuo entendendo que açougueiro também usa jaleco (avental) branco, embora não seja nem médico e nem enfermeiro, mas sou obrigado hoje a acreditar que por vezes o cortador de carne de animais (AÇOUGUEIRO) é mais humanista e cuida melhor da vida humana que determinados profissionais da Medicina que não honram o juramento que fizeram na hora da diplomação.

    – Que dizer de paredes mofadas e piso sujo em um hospital?
    – Que dizer de botar entrada de visitas no mesmo local onde pacientes esperam por atendimento? Outrora, vi que esse serviço existia por trás, onde ficam o estacionamento de veículos, o que é o correto?
    – Que dizer de manter o setor de guarda volumes de visitantes no mesmo recinto da recepção de pacientes, causando filas desnecessárias num setor já tão fragilizado?
    – Que dizer de uma comida sofrível (feijão, arroz, macarrão e três pedacinhos de carne bovina dura), servida fria a pacientes e acompanhantes em ‘quentinhas’ de isopor.
    – E que dizer (absurdo!!!!) que um hospital feche por três dias uma ala inteira, como a de RETORNO, descontinuando o tratamento de gente, por exemplo, que se desloca de outros municípios, sob a justificativa de dia feriado?

    O governador deveria fazer uma INCERTA no Trauma e conversar ele próprio com alguns dos infelizes pacientes que não tem outra alternativa de atendimento.

    Rafael Henrique, o baiano que padece no Trauma, e não teve direito sequer a um avental para cobrir o corpo

    Tenho outros casos a narrar, mas por hoje fico aqui. Até a prática do racismo humano existe por lá. Como acontece com um amigo meu, preto ritinto como se diz por aqui, um baiano de Feira de Santana que escolheu Campina como morada e que foi acidentado também sexta feira no Canal do Prado e sofre olhares enviesados no hospital, sem receber adequado tratamento, assunto que exige maior abordagem e somente depois que voltei a incomodar João da Paz e o amigo secretário da Comunicação Nonato Bandeira é que passaram a melhor cuidar do rapaz.

    A perna do baiano ficou exposta ao Deus dará.

    IMPÉRIO DA POLITICAGEM

    Outro assunto ainda mais grave deixarei para abordar em outro artigo: a politicagem irresponsável.

    São raros os servidores no Trauma que se orgulham em afirmar serem FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAIBA.

    O tratamento entre eles em geral é bastante interessante: Na enfermagem, por exemplo, dizem ser da suposta turma de Anderson Pila e Valéria Aragão. Na burocracia estariam os indicados de Márcio Melo e até de Valéria Assunção – a da causa animal. Maqueiros e outros serviçais com menor qualificação engrossariam os exércitos de Eva Gouveia, Rostand Paraíba, Pimentel Filho e outros ilustres vereadores da cidade.

    E segue por aí, sem nenhum deles prestar contas – nem tratar bem – ao povo, mas aos seus verdadeiros patrões, aqueles que os indicaram para prestar tanto desserviço ao Trauma de Campina Grande.

    Fonte: Da Redação (Por Marcos Marinho)