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Notícia > Política

  • 11.08.2019 - 05:54

    Edvaldo manda avisar aos desavisados que o PSB também é de João


    Lelo Cavalcante

    São muitos os indícios de que, o ex-governador Ricardo Coutinho já não assusta toda gente e até nem assusta mais muita gente principalmente dentro do partido. Desse espaço já se disse há muito tempo, para influentes cardeais socialistas, que fora do Palácio, sem a caneta e sem o DO, Ricardo sentiria os efeitos da calçada, aquele espaço onde cabe todo mundo e onde ninguém manda mais do que ninguém.

    Do festejado e paparicado líder ainda resta muita coisa, mas não tanto que dê para arrotar aquela porção de arrogância e enfado que caracterizava sua pessoa no trato com os demais, e que incomodava uma parcela expressiva dos que se viam obrigados engoli-lo no dia a dia das relações oficiais. 

    Para mensurar o quanto perdeu em prestígio o ex-governador basta observar as reações daqueles que em determinado tempo tiveram de conviver com o irascível líder socialista. 

    A mais recente demonstração de frieza partiu do presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, retirado dos escombros do anonimato a que foi reduzido para a ribalta da chefia de gabinete do Governo João Azevedo cuja escolha acendeu o pisca-alerta do ex-governador.

    Na intimidade Ricardo deu a entender que a indicação tinha um ranço de aliciamento político e de tentativa de manipulação do partido da parte de João, cada vez mais independente e cada vez mais se revelando matreiro na arte de politicar.

    Acionadas por Ricardo, às fieis escudeiras do ex-governador, Estela e Cida partiram para o ataque naquela de tentar neutralizar a jogada de mestre do astuto João e exigiram a entrega da presidência da legenda numa cabal demonstração de que, a afinidade tão decantada entre o ex e o atual escafedeu-se nas curvas do caminho que percorreram juntos e que, agora, parece chegou a uma encruzilhada.

    Prestigiado, entrando e saindo do Palácio a qualquer hora, convivendo na intimidade do Poder como muitos gostam, podendo decidir e influir, Edvaldo Rosas retrucou que não encontrava motivos para abrir mão de posto tão estratégico e mostrou-se firme na trincheira que lhe foi confiada por João Azevedo dando uma demonstração cabal de que, a carranca de Ricardo já não faz tanto medo assim, apesar de muito feia.

    Pelos descartes que já foram feitos resta muito pouco do que seria o Governo de continuidade e a plateia do cine Jaguaribe começou deixar a sala de projeção abrindo espaço para os que estavam fora, na fila, ansiosos para participar do espetáculo.

    Alguns remanescentes ainda insistem e persistem nas cadeiras do cinema, mas os lanterninhas que João nomeou já estão em ação solicitando a saída desses mais recalcitrantes, que recorrem a tudo para não sair do recinto e querem assistir a mais uma sessão do filme, que já dura há oito anos.

    Se Rosas, braço direito de Ricardo por tanto tempo, peitou Cida e Estela já não há mais do que duvidar sobre quem manda atualmente no Governo e de quebra na Paraíba.

    O que se tem visto nos últimos dias em relação ao beija-mão ao novo líder socialista é de arrepiar. Os mais devotados ao Mago imitaram Pedro e já não reconhecem seu nome e já não atendem mais o telefone e sequer chegam cedo a certas solenidades para não ter que cumprimentar e ser flagrado nesse ato de cortesia.

    Aos poucos, vagarosamente e sem deixar espaço para estrebuchamentos, João vai se apossando do Governo e do partido recebendo bem quem vem espontaneamente e neutralizando os mais renitentes e empedernidos. (Jampanews)