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  • O inconformismo de Maia e a serenidade de João

    29/10/2019

    Ainda inconformado com a repercussão da sua ausência na reunião da bancada federal com o governador João Azevedo, em Brasília, o deputado federal Gervásio Maia voltou a centrar fogo no chefe do Executivo paraibano.

    Ao alegar que não foi informado previamente do encontro, Maia deixou entender que o episódio poderia ser classificado como um “crime premeditado”, ardilosamente planejado porque o governador demonstra sinais visíveis de que está de malas e cuias prontas para deixar o PSB, partido que ele integra, e desembarcar em outra legenda, num comportamento reprovável de injustiça contra os responsáveis por sua condução à principal cadeira do Palácio da Redenção.

    Sempre sereno, o governador João Azevedo aconselhou o parlamentar a trabalhar mais pela Paraíba e, num gesto de desabafo, deixou evidenciado que não obriga ninguém a andar ao seu lado, menos ainda quem se esconde.  

    Esse bate-boca, que já envolveu também o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Barbosa, seria mais uma estratégia arquitetada pelo ex-governador Ricardo Coutinho e aliados no propósito de transformar o governador de vítima em um malfeitor e que, de forma deliberada, estaria contribuindo para a dilaceração do partido e traição aos ricardistas.

    Sabe-se muito bem que a história é totalmente diferente. João Azevedo foi surpreendido, na calada da noite, por uma intervenção no comando estadual da legenda, presidida por Edvaldo Rosas, logo após tê-lo nomeado para ocupar a Chefia de Gabinete do Governador. E na sequência outros atos poucos amigáveis se sucederam em um plano mais alto da legenda, onde o ex-governador tem influência e hoje delibera.

    O curioso disso tudo é que o governador João Azevedo, num misto de incompreensão e surpresa, em nenhum momento perdeu o controle, o equilíbrio, o raciocínio lógico. Até os (as) informantes de alcova do ex-governador permanecem ocupando cargos estratégicos na gestão estadual. Exceto os atingidos pela Operação Calvário, todos continuam firmes e fortes em postos da administração do trabalho que segue em frente, apesar do esperneio do grupo que constituiu um frente de resistência e respeito Pró-João capitaneado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino.

    Gervasinho, portanto, pode falar tudo contra Azevedo, menos que ele esteja ‘preparando terreno’ para abandonar, deliberadamente, os “companheiros de partido”, porque no terreno do governador foram espalhadas brasas exatamente pelos aliados que se diziam “companheiros”. E ainda continuam, pois em Sapé e em Pilar, o PSB acaba de sofrer intervenção por ordem do comando ricardista. 

     


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